De noite a Lua brincava
branca como papel
a Lua mais linda do mundo!
Brinco branco na orelha do céu
Num instante trincou o silêncio
qual voz terrível da Nuvem-Chumbo
estrondosa, estridente
em quatro clarões
(todos cheios de dentes)
bradou e cuspiu, babando de prazer:
- SAUDADES NO VENTO NÃO SOPRAM EM VÃO!
E lambendo o céu lascivamente, virou o tempo e levou a lua embora
sumiu pra sempre deixando só um resto de sorriso plúmbeo no breu.
2 comentários:
Sempre interessantes as inspirações poéticas de Alexandra...
Muito grata... deveria me envergonhar de publicar os espasmos poéticos tendo como leitor poetas de verdade como vc!
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